sábado, 3 de dezembro de 2016

O mar

Eu conheci uma menina fascinada pelo mar. Tinha em casa uma dessas conchas que se colocada no ouvido dava pra escutar as ondas.Poucas vezes estiveram frente a frente; dava pra contar nos dedos de uma mão só esses encontros.  Mas ela enxergava nele a origem de todos os mistérios e a fonte das aventuras mais maravilhosas. Ela queria ser pirata. A imensidão do mar era pra ela muitas coisas. Calma e medo. Silêncio e som. Possibilidades infinitas e descanso da alma. Contemplação. Dentro e fora. Medo e vontade. Mergulho ou não mergulho? Afogo ou nado? As ondas levam pra onde querem. O mar tem vontade própria. O mar é inconsciente.  E a metáfora perfeita do desconhecido.

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