quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Quase setembro e os ipês brancos estão florindo. Inevitável não lembrar de nós e daquelas fotos debaixo de uma de um ipê branco florido, numa dessas noites no meio da semana e a gente rindo das desgraças da vida que naquela época não eram poucas. Vai fazendo 3 anos desde o início da nossa separação física. Da não mais convivência de todo dia, do não mais trabalho coletivo, da ausência do sentimento diário de grupo.
Esse ano por algumas vezes eu pensei se deveria ter voltado pra onde eu sempre quis ir embora. Muitas coisas morreram a partir daí, o medo cresceu feito erva daninha e tomou conta de grande parte de mim. Mas aí eu lembro desse encontro e penso que todas as vezes que eu tentei ser cética, o acaso (ou destino) me esfregou na cara sua força. Esse encontro estava marcado. E talvez o desencontro posterior, tão doído, também estivesse. Mas talvez a gente tivesse que se espalhar. E se encontrar ocasionalmente. E rir mais um pouco das desgraças. E criar mil teorias em duas horas. E comprovar mais umas várias. E lamentar a nossa separação. E concluir que vivemos uns nos outros, pra sempre, de alguma forma, juntos.